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sábado, 13 de novembro de 2010

Cultura Ocidental

Um pequeno texto para refletirmos sobre nossa cultura, antes de criticarmos as demais. É muito comum que nos causem espanto vários aspectos das culturas árabes, africana ou extremo-oriental.
Nos chocamos com as mais tradicionais chinesas que usam sapatos em números muito pequenos para evitar que cresçam os pés ou com algumas tribos africanas em que as mulheres usam argolas no pescoço para extender seu tamanho, mas não nos chocamos com o nosso rígido padrão de beleza quase inatingível. Padronização da beleza que causa nos jovens a baixa auto-estima e, em casos mais sérios, doenças como a anorexia.
Nos assusta também a poligamia mas, cada dia mais, banalizamos o casamento e tornamos a traição algo comum em nossas séries e filmes.
Condenamos a inferiozação da mulher na cultura árabe, mas pagamos salários mais baixos para que elas exerçam a mesma função no Brasil. Nos horrorizamos ao ver o Estado matando homossexuais, mas ignoramos o fato de um casal gay ser assassinado na Escola de Comunicação e Artes, na USP, por outros universitários.
Nos parece injusto ver as castas sociais na Índia e nos esquecemos que convivemos demasiadamente com ciclos de pobreza e riqueza. Nos incomoda ver a hipervalorização de apenas alguns seres humanos em outras culturas, mas assim o fazemos com nossas celebridades.
Vale a pena lembrar que toda cultura deve ser respeitada, mas, sobretudo, todo ser humano deve ser respeitado. E para criticar, é preciso fazer diferente...












 

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Alejandro.

Preconceito, no dicionário Aurélio: 1. Idéia preconcebida. 2. Suspeita, intelorância, aversão a outras raças, credos religiões, etc.

Galerinha, hoje vim aqui comentar um dos clipes mais polêmicos da atualidade, Alejandro. Antes, informei o significado de 'preconceito' para que você tente ter uma visão sem preconceitos do vídeo mas, com novas informações, formar sua própria opnião.
É importante lembrar que não se pode afirmar, com certeza, a intenção Gaga. Ela somente defendeu as críticas ao seu clipe em seu twitter: " [...] O preconceito é uma doença - e quando essas pessoas chegarem perto de mim, eu estarei pronta para as pedras que irão jogar"
Vamos analisar o video. O clipe inicia sob uma música de um violino klezhmer, música típica judaica, e um dos "soldados" carrega uma estrela de Davi, símbolo famoso do judaismo. Eles começam a marchar. Gaga observa por um binóculo, como faziam vários líderes militares, inclusive Hitler.  O ambiente é frio e escuro, lembrando o inverno alemão.
Já tem uma idéia de que o clipe está criticando? Uma paródia moderna do nazismo da Alemanha pós Primeira Guerra.
O nazismo, ou nacional-socialismo (Nationalsozialismus) como é conhecido na alemanha, defendia entre vários pontos a eliminação dos judeus, ciganos, eslavos e homossexuais, tendo como prioridade a consolidação do estado ariano.
Voltando ao clipe, podemos enxergar claramente Gaga como uma ditadora. Vale a crítica contra qualquer tipo de ditadura, lembrando que em sua maioria apresentam tortura e pouca ou nenhuma liberdade na imprensa. Outro ponto a ser considerado são os nomes citados no clipe: Alejandro, Fernando e Roberto. Nomes latinos presentes em uma canção americana criam um singelo protesto a xenofobia, preconceito a estrangeiros, que ainda é forte, sobretudo, nas grandes potências tradicionais.
Podemos ver ainda que os bailarinos alguma vezes aparecem com salto alto, uma referência forte ao homossexualismo e aí entra a principal crítica do clipe. O nazismo não perseguiu somente judeus, embora estes tenham sido seu principal alvo, mas também os homossexuais. Bom, atualmente no mundo poucos são os países com perseguição declarada a homossexuais, porém será que conseguimos extinguir esse sentimento da humanidade? Será que conseguimos nos tratar como "irmãos" sem levar em conta cor, religião, sexo, idade, nacionalidade, posição social ou orientação sexual? Será que nos esquecemos que, se procurarmos, todos temos algum motivo para não sermos aceitos em alguma sociedade?
Deixo aqui essa pequena e leiga análise do clipe, esperando apenas que você pense um pouco no assunto.
Muito Obrigado =)



"Eu não sei o que é ser discriminado por ser gay. Mas eu sei o que é crescer sentindo que você não pertence a um lugar. (...) O que eu quero dizer é: você não está sozinho. Você não fez nada de errado. (...) E há um mundo inteiro à sua espera."

Barack Obama, presidente dos EUA, na campanha It Gets better.