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domingo, 27 de janeiro de 2013

Desenvolvimento humano


Logo que acordei, abri o computador e li a notícia. Coloquei-me no lugar de cada pessoa que perdeu uma pessoa querida e de como a vida delas nunca mais será a mesma, e como será doloroso seguir em frente, buscar razões para seguir lutando, mesmo depois que a tragédia for esquecida por toda a mídia.

Desejo aproveitar esse momento de sensibilidade e lucidez social, para propor que nos lembremos de cada ser humano que se vai todos os dias nas filas de hospitais aqui no Brasil, nos conflitos do Oriente Médio ou mesmo por falta de alimento no continente Africano. São números assustadores, mas que caíram na normalidade.

Sensibilidade e empatia são as características mais humanas que conhecemos, e até mesmo o instinto de sobrevivência de vários animais propõe o bem estar do grupo.

A morte é natural do ser humano, e desejo a todos uma morte natural, tranqüila e que sejam sempre lembrados com carinho. A situação é que todos os dias anonimamente morrem filhos, pais, maridos, esposas, amigos por falta de cuidado e assistência, por culpa da corrupção ou ainda por atitudes economicamente interessantes.

Você, leitor, deve estar se perguntando como pode ajudar. Testemunhar uma realidade injusta e cruel, sem buscar mudanças é apoiá-la. E fingir que não vê porque não acontece na sua rua é se alienar de maneira egoísta, como o sistema deseja que aconteça. Mas a boa notícia é que você tem mais poder do que imagina! Tragédias, infelizmente, sempre acontecerão, mas nós podemos e devemos exigir por um mundo mais humano, mais fraterno, mais amigo.

O voto é uma das maneiras mais eficazes de promover essas transformações. Conheça o seu candidato, o que ele realmente propõe, seus interesses, a filosofia de seu partido e se possível o questione sobre temas que julgar importantes.

Outra maneira forte de influenciar os investimentos numa sociedade capitalista é pelo consumo. De que empresas você compra? O que elas fazem com seu dinheiro? Possuem significativas colaborações sociais e ecológicas? Há outra no ramo que possui?

Nessa mesma sociedade, as profissões se voltam ao mercado e não a demanda social. De que maneira você exerce sua profissão? De alguma maneira colabora com o outro? Já realizou algum tipo de trabalho voluntário? Todas as áreas da ciência podem colaborar muito para o aperfeiçoamento da qualidade de vida, como podem também serem usadas para alimentar interesses ($) pessoais ou promover guerras.

A religião pode nos fazer seres melhores, mas será que tem feito da maneira como tem sido vivida? A que você é seguidor prega o respeito e a tolerância acima de uma verdade absoluta inquestionável? Independente de crença, você tem os valores básicos de humanidade e respeito?

Como é sua vida social? Concordo e assumo que muitas vezes deixamos de nos doar mais ao outro por timidez ou acomodação. E tudo bem, isso pode ser trabalhado. Mas a questão fundamental é como você vê o outro? Busca o entender a partir não só de suas experiências, mas do contexto social que ele viveu? Busca aprender a conviver com o novo e com o diferente? Permite-se conhecer pessoas que pensam e agem de maneira não-convencional? Pára por alguns segundos e realiza gestos de gentileza sem maiores intenções? Você perdoa? Afinal, estamos todos lutando para sermos melhores a todo tempo, e nos próximos 10 minutos já não seremos mais os mesmos. E é isso que me faz acreditar no ser humano. É isso que me motiva a escrever esse texto, por exemplo.

Todos os questionamentos propostos não são fáceis de serem colocados em prática, e nem serão instantâneos, mas pode ter certeza de que quando há o desejo e a persistência, é possível iniciar com pequenos gestos, grandes transformações. E que caminhemos sempre rumo ao desenvolvimento humano!



                                                                                                                                                                          

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

sobre o BBB.

Trecho sobre o BBB


Salve, salve! O Big Brother Brasil está chegando e começam também as polêmicas opiniões favoráveis e contrárias ao programa. Passei algum tempo refletindo sobre o tema, e levantei algumas questões.
É comum ouvir que o BBB é um programa alienador e que pouco acrescenta. Se você chegou a essa conclusão por si próprio, deve ser levado em consideração, mas cuidado para apenas não repetir o que ouve. Tudo pode ser alienador. Sim, futebol pode alienar, religião, jogos, festas e até mesmo algumas leituras ou teatro, que tanto gosto. Consegue se lembrar da política do Pão e Circo? O humano precisa sim de entretenimento. Sou um dos principais defensores do lúdico, mas isso não pode afastá-lo da realidade.
E por que devo ter contato com a realidade? Uma vez que toma conta do que se passa ao seu redor, e tem uma visão mais crítica, imparcial e aberta do mundo, poderá perceber as injustiças e as dificuldades do humano, repensando suas ações, deixando de compactuar com a violência das mais diversas formas e dos demais problemas que descobrir na humanidade. E não só pelo mundo, mas por você mesmo. Quanto mais se perceber, descobrir seus medos e fraquezas, mais será apto a enfrentá-los. Isso é desenvolvimento!
Outro argumento é que o programa não transmite bons valores. O que são bons valores para você? Se forem respeito, fraternidade, liberdade, eu sinto em lhe dizer, mas vários programas da TV brasileira não o fazem e estão passando desapercebidos. Já vi várias campanhas para "tirar o BBB do ar". Se você acha ruim, apenas não ligue sua televisão na Globo naquele horário. Não falo com ironia, mas se atingiu tantas edições é porque grande parte da população o acompanha ou mantém os televisores ligados.
O programa retrata a vida cotidiana de um número de pessoas confinadas em uma casa monitorada por câmeras. Isso pode resultar em diálogos interessantes e observação de outras formas de encarar a vida ou numa exploração sensacionalista e cruel daqueles indivíduos. Novamente levanto que não há coisas absolutamente boas ou ruins, e sim maneiras de se encarar, adaptar, trabalhar e lidar com elas.
Sim, eu já assisti alguma edições do BBB, mas não tenho mais acompanhado por estar me dedicando a outras atividades e consequente ter menos tempo para televisão, mas não fiz esse texto para criticar o programa ou quem o critica. A real intenção é levantar questionamentos necessários, para que as idéias não sejam apenas repassadas, e sim, surgir dentro de cada indivíduo.


Josué Lobato